De mais antigo e tradicional terminal de trem da cidade a um equipamento cultural e patrimonial de Fortaleza. A partir desta segunda-feira (13/01), a estação ferroviária João Felipe, localizada no centro, não recebe mais embarque e desembarque de pessoas. Os trilhos da centenária estação serão susbstituídos por um trajeto subterrâneo da Linha Leste do Metrofor. Aos cidadãos de Fortaleza, resta a saudade e a nostalgia dos bons tempos vividos no local.
O prédio da estação data de 1873 e é um dos equipamento que contam a trajetória da cidade, sendo um símbolo do desenvolvimento da Fortaleza do século XIX, tanto no fator econômico, uma vez que os trens serviam de transporte para o algodão, base da economia local naquela época; e também no quesito urbano, pois nos embarques e desembarques, além de cargas, os trens levem pessoas, com suas histórias, boatos, notícias, enfim, a estação era pólo de comunicação e de convivência no qual a cidade se expandiu, como salienta o jornalista Nilton Almeida, em entrevista ao jornal Diário do Nordeste.
Desativado, mas não destruído
Ao contrário de muitos prédios históricos que após a desativação foram destruídos e transformados em espaços privados, a estação ferroviária João Felipe será de responsabilidade do governo estadual e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Ceará (Iphan-CE) o qual, inclusive, irá transferir sua sede para lá.
Nos galpões que abrigavam a antiga Rede Ferroviária Federal (Rffsa) irá funcionar, até dezembro deste ano, a Pinacoteca do Estado.
O Iphan dividirá o espaço que lhe cabe da construção em quatro equipamentos: além da própria sede; Casa do Patrimônio, no qual serão discutidos a conservação patrimonial por meio de reuniões e atividades entre setor público e sociedade; Centro de Referência Documental da Rffsa; Centro de Referência da Arqueologia do Ceará.

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